Suspeito…! suspeitíssimo!…
O leitor que se identifica como Miguel mandou ontem o seguinte comentário, que considero relevante:
Acho estranho esse fuzuê com a SECULT, por conta de Luiz Caldas… Acho estranhíssimo que a Penta Eventos, que produz Luiz Caldas e tb produz a banda Psirico não tenha conseguido verba pra colocar o “pai do Axé” em cima de um trio… Curiosidade: A Penta Eventos, pra quem não sabe, é do grupo de ACM Neto… Deu pra entender o ‘x’ da questão?
Mais preciso não poderia ser. Ou seja: é a velha panelinha, como supunhamos, voltando a chiar… (e eis prova de que Marcio Meirelles acerta, sim, na mosca!)
A orquestração contra a recém-nascida (e brilhante) Secretaria de Cultura do Estado da Bahia se dá mais ou menos assim:
1) Há um momento de apoteose da SECULT, a que alguém relevante (eventualmente ligado ao sistema financeiro do carlismo) “se esquece” de participar. No FIAC foi Aninha Franco; agora, é Luiz Caldas. Em tempo, eu realmente acho que Aninha não participou do FIAC por birra ou esquecimento – não por cooptação política. Já Luís Caldas, bom, vocês vêem no comentário que reproduzi acima…;
2) A imprensa finge que não vê, ao máximo que pode, a apoteose que ocorre. No Carnaval, agora, não deu pra fingir tanto. Primeiro porque não dá pra não dilvugar os Novos Baianos todinho em cima de um trio, de graça, duas vezes, ou Mariene de Castro nas mesmas condições. Depois, porque a divulgação no Carnaval é ao vivo, presencial e boca-a-boca: a televisão, o jornal impresso, e mesmo a internet caem a grau quase zero de importância;
3) Passada a efervecência, a mídia, a oposição carlista (e burra), e o artista que por “esquecimento” não participou começam a atacar os acertos da SECULT como se erros fossem.
Agora, notem que neste episódio em específico, a questão é de financiamento eleitoral no fim das contas: como Grampinho (vulgo ACM, O Neto) vai doar dinheiro a si próprio na próxima campanha majoritária em que irá perder?!
De resto, queriam Luís Caldas em trio público?! Eu também! Mas o Carnaval de Salvador é gerido pelo municípcio de Salvador: está lá na Lei Orgânica. E se o Governo do Estado tentasse descumprir isso, haveria chiadeira na cidade e da oposição (e minha até, que sou legalista). A questão é: por que João Henrique, prefeito da capital, não bancou? E mais: por que os insatisfeitos não cobram dele?