IIº Festival de Jazz de Praia do Forte
Sem comentários! Basta olhar o cartaz abaixo. Nota: o preço é referente apenas a hospedagem na premiada Pousada Sobrado da Vila (cujos donos vêm a ser amigos de alguns tios meus: Rosa e Firmo). O evento, em si, é de graça!
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(como o cartaz tá ficando hora cagado, hora não, vou listar aqui as atrações:
14/11 – Stanley Jordan (EUA) & Jurassik Quartet;
15/11 – Arthur Moreira Lima & Filarmônica Municipal de Mata de São João;
21/11 – Armandinho Macedo, Yamandú Costa & Raízes do Forte;
22/11 – Hermeto Pascoal;
28/11 – Ramiro Mussoto & O Kontra;
29/11 – Manoel Miranda (Perú) & Orkestra Rumpilezz;
05/11 – Spok Frevo Orquestra & Zeca Freitas Trio;
06/11 – Steve Coleman (EUA) & Fanfarra Municipal de Mata de São João)
Praia do Forte é um dos poucos lugares do Brasil onde você pode estacionar o carro e ninguém vai te pedir pra “guardar ele pra ganhar uns trocados”; em que entre uma loja da Richards e uma Joalheiria, tem uma escola municipal, e você não sabe qual é a joalheria e qual a escola; e onde você pode andar na rua e ninguém vai te mendigar moedas, nem te oferecer coisas pra comprar “pra me ajudar, tio” (embora vendedores ambulantes tenham muitos, até suas técnicas de venda são dignas!).
Modelo de capitalismo de ponta, mais inclusivo, surgido há mais de 20 anos com a gringalhada que lá aportou e com o Projeto TAMAR, Praia do Forte é um dos balneários mais ricos do mundo – sem gerar pobreza; uma das vilas mais charmosamente rústicas, sem gerar favelas. Se há mansões e pousadas de charme, ao lado a casas simples de gente humilde, mas sem miséria ou pobreza. Na vila, nenhuma construção pode exceder três andares, e não entra mais carro. Os taxis são quadriciclos, mas nem precisa, porque é hiperarborizada: por lei municipal, todo prédio, público ou privado, comercial ou doméstico, tem de construir jardim na frente e no quintal.
Muito disso é mérito do Prefeito reeleito de Mata de São João, João Gualberto. Embora de um partido de direita, o Progressista (PP), não tenho noticia de gestor que tenha unido tão bem o capital industrial internacional ao capital artesanal local; o retorno público com o investimento privado. Praia do Forte despontou com processo e época semelhante a Morro de São Paulo, na Ilha de Tinharé, mas é hoje o anti-Morro: Morro está depredado, com praias hoje imundas (e anteriormente, tailandesas de tão limpas), com favela, tráfico de droga e uma população excluida do processo de produção de bens e capitais.
Praia do Forte é o exato oposto, e tinha tudo pra não ser, já que fica a 40 minutos de Salvador.
E, bem, vai ter festival de jazz de novo. Com Stanley Jordan, Spok Frevo Orquestra, Armandinho Macedo. Quase dois meses de Festival. De graça! Mas Aninha Franco continua falando que a Bahia é “Balneário sem cultura”. Deve ter se contaminado da psicose de Olavo de Carvalho. Em breve, inventará que o Foro de São Paulo tem sucursal em Ilhéus e Vitória da Conquista. E que Wagner é um terrorista judeu neo-nazi.
Surpreende mesmo é a Grobo, a TV Jah-ia: Gualberto é de direita, mas não é carlista. É um pragmatista radical. Com efeitos embasbacantes não apenas de redução da pobreza, mas de prevenção da miséria e de produção e distribuição radical e expressiva de bens, serviços, produtos, emprego e capitais. Só que a Grobo silencia em relação a isso: a Grobo não é anti-PTista, é escravocrata mesmo!