As Guarnições do FIAC (parte III) – Oficinas (Capital & Interior)

22/10/2008 at 7:14

OFICINAS

OFICINAS EM SALVADOR

Jogo e Repetição – Ministrantes: Fran Teixeira e Joel Monteiro – Teatro Máquina (Ceará)

Oficina que objetiva experimentar o conceito de estranhamento brechtiano através de sua experimentação física, explorando exercícios baseados nas dimensões do jogo e da repetição. Prática respiratória, aquecimento físico, exercício de presença cênica para compreensão e discussão de tempo passado, tempo presente, improvisação narrativa com a situação (“Há alguma coisa por trás da porta”), composição de cena a partir de “O menino e as duas moedas”, das Histórias do Sr. Keuner de Brecht, discussão sobre os exercícios, definição do conceito de estranhamento brechtiano, relaxamento.

Mestre em Artes pela ECA/USP, Fran Teixeira é diretora e professora de teatro. José Joel Fernandes Monteiro Junior é formado pelo Curso Superior de Tecnologia em Artes Cênicas do Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará (CEFETCE) e membro do Teatro Máquina, grupo de teatro e pesquisa teatral de Fortaleza-CE em atividade desde 2003.

Data: 25 de outubro (sábado).
Local: Teatro Castro Alves.
Horário: 10h às 13h.
Carga horária: 3h.
Participantes: 20.
Público Alvo: Atores, bailarinos, com alguma experiência nas artes cênicas.


Em busca de uma dramaturgia física – Ministrantes: Dico Ferreira e Katiane Negrão – Tato Criação Cênica (Paraná)

A oficina tem como objetivo estabelecer uma troca sobre o caminho de pesquisa da Tato Criação Cênica, que desenvolve uma linguagem de animação corporal, na qual não utiliza palavras, mas constrói uma paisagem sonora através de experimentações de sons vocais e a intenção da fala em linguagens inventadas, com dramaturgia própria, criada através de improvisações de cenas.

Dico Ferreira desenvolve trabalho solo de mímica desde 1995. Fez parte de Catibrum Teatro de Bonecos, em Belo Horizonte. Participou de diversos festivais ministrando oficinas como: Festival de Marionetes de Mirepoix (França), Festival de Marionetes e Artes de Rua de Ovar (Portugal), entre outros. Katiane Negrão cursou Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Ouro Preto, (2000/2003). Em 2004 fez o curso livre: A voz na Cena Teatral, na Pós Graduação da Escola de Belas Artes da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais – BH.

Data: 27, 28 e 29 de outubro (segunda a quarta).
Local: Teatro Castro Alves.
Horário: 9h30 às 13h30.
Carga horária: 12h (4h por dia).
Participantes: 20.
Público Alvo: Atores, bailarinos, bonequeiros e interessados, com alguma experiência nas artes cênicas.


Exercícios de Crítica Teatral – Ministrante: Kil Abreu (São Paulo)

A oficina terá como foco a prática da crítica teatral – sobretudo a jornalística –, sua função social, modos, questões e impasses. Estarão em pauta alguns temas referentes aos métodos de análise do espetáculo e às teorias do teatro contemporâneo.

Jornalista, diretor e pesquisador teatral, Kil Abreu é pós-graduado em Artes Cênicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Atualmente é coordenador da Escola livre de Teatro de Santo André. É Crítico da Folha de São Paulo e escreve para a Revista Bravo.

Data: 27, 28, 29 e 30 de outubro (segunda a quinta).
Local: Aliança Francesa.
Horário: 14h30 às 17h30.
Carga horária: 12h (3h por dia).
Participantes: 15 pessoas.

Público Alvo: Artistas, arte-educadores, jornalistas, estudantes de jornalismo e letras, interessados no tema da crítica teatral, preferencialmente pessoas com algum repertório sobre as linguagens do teatro e que tenham domínio do texto escrito.


Mímica Total e Teatro Físico – Ministrante: Luis Louis (São Paulo)

Um intenso estudo e vivência da arte da Mímica e do Teatro Físico, sob o olhar da Mímica Total, que entende a mímica como ato de corporificação, integrando pensamento, corpo e voz. Esta jornada mapeia a evolução das práticas, das técnicas e do pensamento desta arte, que contempla o surgimento do ator-criador (autor/ator-criador/obra) e do corpo como o próprio pensamento (mente/corpo).

Luis Louis é ator, diretor e dramaturgo, formado na Desmond Jones School of Mime and Physical Theatre. Notório Saber e Mestre pela Puc-SP, foi professor de mímica no Royal National Theatre e na The School of the Science of Acting, em Londres. Especializou-se na técnica Decroux com Steven Wasson e Corinne Soun, diretores da École de Mime Corporel Dramatique. Dirigiu e atuou em vários teatros da Europa.

Data: 27, 28 e 29 de outubro (segunda a quarta).
Local: Espaço Xisto Bahia.
Horário: 14h30 às 17h30.
Carga horária: 9h (3h por dia)
Participantes: 20 participantes.
Público Alvo: Atores, clowns, bailarinos, performers, e estudantes destas áreas.


Atelier Teatro do Gesto – Ministrante: José Carlos Garcia – Companhia do Chapitô (Portugal)

Trabalhando com a técnica da Máscara, do Buffon e com Jogos de Clown, a oficina permitirá aos participantes a construção do jogo dramático, recorrendo ao improviso e à invenção gestual para desenvolver a ação. Será trabalhado o lado puramente físico e experimental das personagens, procurando os comportamentos destas através dos gestos que vão surgindo. Explorando os arquétipos, as convenções neles existentes, as personagens serão caracterizadas não através do estado de alma, ou de características psicológicas, mas através dos comportamentos físicos.

Em 1996 foi um dos co-fundadores da Companhia do Chapitô, que propõe o atelier de Teatro do Gesto – onde os elementos vocais e instrumentais, rítmicos e plásticos estão ao mesmo nível do texto e, por sua vez, a serviço da comunicação. Além do seu trabalho como encenador, José Carlos Garcia exerce regularmente atividade pedagógica na área do Teatro do Gesto, destacando o trabalho com a comunidade surda.

Data: 27 de outubro (segunda).
Local: Espaço Xisto Bahia.
Horário: 14h30 às 16h30.
Carga horária: 2h.
Participantes: 20 pessoas.
Público Alvo: Atores e bailarinos, com alguma experiência nas artes cênicas (maiores de 15 anos).


O Clown e a Rua – Ministrante: Nanny Cogorno (Argentina)

A oficina trabalha técnicas de clown e de circo, lida com jogos lúdicos para despertar o estado de cena clownesco e propiciar a “brincadeira” (o encontro na rua, com o público).

Nanny Cogorno estudou formação autoral na Argentina e seis meses de circo na Escola do Picadeiro, em São Paulo. É membro integrante do projeto Palhaços sem Fronteiras, uma organização privada que percorre lugares arrasados por bombas no mundo inteiro, para levar alegria às crianças. Dentre os lugares que visitou, estão Kosovo, Ruanda e Moçambique. Participou ainda de festivais de teatro de rua na Espanha, Holanda e Grã-Bretanha.

Data: 28, 29 e 31 de outubro (terça,quarta e sexta).
Local: Espaço Xisto Bahia.
Horário: 10:00 às 13:00h
Carga horária: 9h (3h por dia).
Participantes: 30 pessoas.
Público Alvo: Atores, bailarinos, com alguma experiência nas artes cênicas e técnicas de palhaço.


Workshop Percepção Física – Ministrantes: Alejandro Ahmed e Mariana Romagnani – Grupo Cena 11 – Cia de Dança (Santa Catarina)

Voltada para sublinhar a maneira de aprender, a técnica deste workshop é estruturada em três elementos: velocidade, controle e percepção. Partindo de um trabalho de movimentos no chão e da distribuição do próprio peso no espaço, a oficina tem como objetivo desenvolver uma maior amplitude de possibilidades no movimento com melhor organização do esforço. Para expandir esse trabalho, utiliza-se o risco como instrumento para encontrar um estado de auto-regulação, usando a velocidade, a percepção e o controle para construir um corpo presente. São usados exercícios de composição e investigação baseados nas últimas pesquisas da Cia, além de exposição de vídeo e debate.

Alejandro Ahmed é coreógrafo residente, diretor artístico e bailarino do Grupo Cena 11 Cia. de Dança. Seu trabalho como coreógrafo surgiu de forma autodidata, respondendo à necessidade que possuía de integrar a maneira como pensava o mundo e a dança que experimentava. Junto ao Cena 11, promoveu o desenvolvimento de uma técnica que objetiva produzir uma dança em função do corpo. Um corpo capaz de processar melhor as idéias contidas na movimentação. Esta técnica foi nomeada de “percepção física” e é um dos pontos que estrutura o trabalho de Alejandro Ahmed. Mariana Romaynari, assistente de Alejandro, é bailarina do Grupo Cena 11 Cia de Dança desde de 2003.

Data: 29 de outubro (quarta).
Local: Teatro Castro Alves – Sala do BTCA
Horário: 11h às 14h.
Carga horária: 3h.
Participantes: 20 pessoas.
Público Alvo: Bailarinos Profissionais.

OFICINA EM CAMAÇARI

O corpo cômico – Introdução à pesquisa de um palhaço pessoal e de um teatro gestual – Ministrantes: Alexandre Luís Casali e Lúcio Tranchesi – Companhia do Meu Tio (Bahia)

Através de jogos coletivos, descobrir o próprio corpo como instrumento de diálogo com os outros e com o mundo, analisando diferenças e singularidades. Aceitação deste corpo, potencialização e composição para uma pesquisa na arte do palhaço.

Seguindo e reinterpretando a tradição dos palhaços clássicos, Alexandre Luis Casali é ator e co-fundador da Cia de Teatro Os Bobos da Corte. Participou como ator e diretor do espetáculo “A Era Clown” no projeto Aerotrupe, do Aeroclube Plaza Show, e de vários festivais na Europa. Atualmente vem difundindo a arte do palhaço, ministrando cursos regularmente. Já Lúcio Tranchesi realizou várias pesquisas no aprendizado da Commedia Dell’ Arte, aliando à sua pesquisa a arte do Clown e a prática da técnica da perna-de-pau. Como ator, participou de importantes montagens pela Companhia de Teatro da Universidade Federal da Bahia, a exemplo de “O Menor quer ser Tutor”, “Em alto Mar”, “Arlequim, servidor de dois Patrões”, entre outras. Prêmio de melhor ator no Festival de Teatro de Novo Hamburgo, e melhor ator no Festival de Teatro Universitário de Blumenau. Ambos atuam no premiado espetáculo “O Sapato do Meu Tio”.

Data: 27 de outubro (segunda).
Local: Teatro da Cidade do Saber.
Horário: 14h às 18h.
Carga horária: 4h.
Participantes: 40.
Público Alvo: Pessoas acima de 18 anos, interessadas na pesquisa, com ou sem experiência anterior na área.

OFICINA EM FEIRA DE SANTANA

Fluxorgânico – Ministrante: Maurício Assunção – Estado Dramático (Bahia)

A proposta da oficina Fluxorgânico busca o Ator-Trans, ou seja, o ator além de, em troca de, no olho do furacão. É ser um ator transgressor, transformador e em transe, podendo viver em estado de arte, sem muralhas que segreguem o seu posicionamento político, social e artístico. Para chegar neste ator, o Fluxorgânico investe num trabalho de conscientização das manifestações sensitivas do corpo, alicerçando o trabalho na respiração, na produção sonora e na exploração dos 5 sentidos corporais, utilizando-se para isso a imaginação, ou seja, a imagem transformada em ação.

Maurício Assunção é ator e tem como mais recente espetáculo o premiado “A Casa de Ferro”. O seu trabalho desenvolve-se com a discussão do corpo metamorfoseado, observando a transformação do corpo cotidiano num espaço extra-cotidiano. É também responsável pela direção do Teatro Gamboa Nova.

Data: 30 de outubro (quinta).
Local: Teatro do CDL.
Horário: 14h às 18h.
Carga horária: 4h.
Participantes: 20.

Público Alvo: Artistas em geral, seja da área de teatro, dança, performance, artes-plásticas, música, cinema etc. (Idade mínima: 16 anos)