O Nu & Os Genitais
Recentemente, posei nu em um ensaio fotográfico para o projeto de um amigo (ainda em construção e por isso omito temporariamente o endereço de página). A experiência é nova apenas no tocante a nudez – embora antes ele já me tivesse recomendado para uma amiga dele que tem projeto similar.
Ainda pretendo posar para ela, uma vez que ser fotografado por uma mulher deve ser completamente diferente de ser fotografado por um homem – e ainda, ser fotografado por um homem que não tem interesse sexual por rapazes é diferente por um que tenha (aos 22 anos, cerca de uma década atrás, fiz um ensaio de estúdio com um professor de fotografia da Universidade do Estado da Bahia, quase todo em Rolleiflex, mas as intensões dele eram nitidamente me comer: não era um nu a princípio mas ele foi pouco a pouco me despindo, embora não cheguei a perder a derradeira peça).
Pululam ensaios nus masculinos gays ou por mulheres, mas o que me interessou neste é justamente um olhar de alguém que não teria problema de desejar homens se calhasse, mas por acaso não calha. Paradoxalmente por isto mesmo é que ele pode captar um clima de intimidade e cumplicidade sensual só possível numa relação homossexual que fuja transversalmente a esta definição e que eu próprio só experimentei uma única vez, recentemente no último biênio – e que não deve se repetir.
Contudo, da sensação inicial de estranhamento, passando pela relutância de tornar público o resultado do trabalho (que de 200 tomadas restaram 30 excelentes – uma média bastante satisfatória), até a vontade de repetir a experiência com este e outros autores, um aforismo pode ser retirado: a nudez não são os genitais, embora estes sejam a parte que ratifica a nudez – o que não é o mesmo que fazer a distinção necessária (porém burguesa) entre pornografia e erotismo (ou sensualidade e vulgaridade – ao cabo entre o belo e o feio, o desejável, apetecível, e o abjeto e enojável), embora passe por aí. Digo isto porque os primeiro três fotogramas, em que eu ainda de roupa me despia e tive involuntariamente uma ereção, ficaram forçados e fora de contexto em relação aos subsequentes – inclusive, apesar do pau-duro (e mesmo por causa dele), bem menos sexualmente atraentes, além de menos belas e pouco significativas.
No site original não foram publicadas todo o ensaio. Aqui, abaixo, reproduzo algumas que lá estão e outras que não se encontram lá – de modo que o ensaio integral não aparece sequer se juntando ambos.
O objetivo desta postagem é também atrair outros rapazes interessados em serem clicados despidos, já que o projeto está bastante embrionário e só tem, além de mim, apenas mais dois ou três candidatos – bem como me oferecer como modelo para algum outro fotógrafo, de ambos os sexos, que tenha interesse. Asseguro-lhes que é uma experiência deliciosa e esclarecedora num sentido que pouco se pode deduzir antes de tê-la.
Até o final do ano, aproveitando modificações que advirão no meu corpo (há mais de década não tenho malhado tanto!), devo realizar outro com o mesmo autor, mais ousado: desta vez num local público, provavelmente uma praia (aquela entre o Cristo e o Clube Espanhol, na Barra, ou na Pedra do Sal, em Itapoan – isoladas e com luz lindíssima) – torno a replicar aqui quando ocorrer.
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