Começou tudo a carcumê…!
Trilha sonora para a ressaca do dia de ontem, quando a Direita Americana adquiriu da Direita Brasileira a Síndrome de Carlos Lacerda, cuja principal característica é dar tiros no próprio pé.
Eduardo Dusek, Nostradamus:
Maysa, num clássico da Fossa-Nova (ou -Velha mesmo) Meu mundo caiu (em P&B, na televisão japa):
Como dizem alguns blogueiros americanos: se o Brasil vai se tornar um país de primeiro mundo eu não sei, mas que os EEUU estão bem próximos a se tornar um de terceiro mundo, não há dúvidas.
300 anos de financismo selvagem não foram capazes de gerar uma rede de proteção social no Estado americano. Nisso, eles comem poeira do Brasil (com o SUS e agora com o SUAS), do Canadá, do México, da Argentina e do Chile. Se compararmos com a Europa, a coisa é mais feia.
Houve um breve momento de tentativa de criar rede de proteção social por lá, durante os três governos Roosevelt. Mas foi uma política de Governo, e não de Estado. Nos mesmos anos 1930, no Brasil, Vargas iniciou uma construção de tal rede que, apesar dos Anos Militares, e com avanços e retrocessos, vem melhorando desde então: dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) até a garantia prática do direito universal a Saúde e a Seguridade Social (e não me refiro apenas ao Bolsa-Família).
Se houver uma crise, destas proporções que vemos em WallStreet, na Inglaterra ou na França por exemplo, o mundo não acaba. Lá há uma forma sistemática do Estado proteger não o capital, nem apenas o trabalho, mas a sociedade e os entes humanos individuais que a compõem. Nos EEUU, quando a coisa pipoca, se pensa em proteger o capital com $700bi, seja o capital privado do ex-morador de trailer que comprou casinha em subúrbio, seja o Lehman Brothers. Garantias universais de seguridade civilizatória? Nenhuma.
Quero dizer, se a Itália falir, a Galeria Ufizzi vai continuar lá – apesar dos Berlusconi. Agora, se os EEUU falirem, quem mantem o MoMA?…!
(Atenção, MASP: este problema te concerne! Olhai o melhor museu da América Latina, a 6km de ti, na Luz, e terás vergonha: a Pinacoteca do Estado de São Paulo, inteirinhozinho público e estatal).