Eu ia postar aqui hoje um comentário sobre a promissora e decepcionante campanha de Antonio Imbassahy para a prefeitura, este ano. Mas vou ficar devendo. Tive hoje duas serendípides de egolatria, uma pessoal outra coletiva.

A primeira é auto-tietagem de blogueiro novo: esteve aqui no Último Baile ninguém menos que Letieres Leite, o criador da Orkquestra Rumpillezz! Diz, em comentário postado no post PercPan 2008, que gostou de minha definição de “big-band jazz-nagô” para a Orkestra. E aproveito pra avisar que a Rumpillezz tem site já: http://www.rumpilezz.com/.

A outra, coletiva. Perguntei a uma amiga quando é que vai ser um prometido, embora na surdina, evento da Secult de Márcio Meirelles (digo isso no mesmo tom que Paulo Henrique Amorim dizia “Polícia Republicana Federal de Dr. Paulo Lacerda”) cujo nome é algo como Arte na Cidade. Serão 10 dias de ocupação geral de diversos espaços públicos de Salvador com artes plásticas do mundo inteiro, na última semana de Outubro.

De si, esse evento já me causaria arrepios de inacreditável cosmopolitismo para uma cidade que, há ano e meio atrás, eu mesmo chamava de “Capital Mundial da Mediocridade”. Certo, certo, no auge da mediocridade, ainda assim Salvador criou e sediou 7 edições do Mercado Cultural Mundial. Mas esta não era a regra.

A coisa é que o Arte na Cidade vai, não tão coincidentemente assim, coincidir em data com o I Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC). Não bastasse isso, nos mesmos 10 dias ocorrerá a quinta edição do Festival Sala de Arte de Cinema.

Ou seja, por mais de uma semana, e longe do carnaval e do axezismo, Salvador será a capital do mundo, em cultura.

Recife, com todo respeito que tenho a ti como Capital Intelectual da Nação por três séculos, cabralino e freyreano que sou, pergunto-te: quem é que é mesmo a capital cultural brasileira…?!