Benin: vivo & aqui!
Se você não foi ver ainda a exposição de pré-inauguração do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) em Salvador, corra pra ver! Desde a recolha de arte tradicional e naïf até a produção contemporânea do antigo reino do Daomé, a curadoria é impecável; os artistas e peças selecionadas, de primeira – das máscaras rituais às instalações (e olhe que eu não gosto de instalações…).
Especialmente, é magnífico ver o antigo palacete ecletista em ruínas até alguns anos atrás sendo recuperado passo a passo. E não é apenas um prédio, mas dois. Tal como o vizinho Sebo & Livraria Brandão (o maior do Nordeste), o Muncab vai ocupar dois lados da Rua do Tesouro. Se se pensar que logo mais abaixo, no antigo prédio do A Tarde, vai haver um hotelzão; que as vias de acesso ao Pelourinho já não têm mais as horrorosas placas de anuncio cobrindo as fachadas (de neoclássicas ao bauhaus) dos prédios, pode-se ter certeza: a principal entrada do Pelourinha, a praça municipal e as Portas da Sé e da Misericórdia estão, de fato, revitalizadas. Dá até vontade de morar por ali…
A exposição, cujo acervo vem quase todo da coleção particular da Família Carybé e do Museu Nacional Afro-Brasileiro de São Paulo provavelmente vai ser prorrogada. Mas por enquanto fica até dia 3 de janeiro, domingo que vem, tanto no turno da manhã quanto da tarde, e abrindo mesmo em feriados.
Se tiver crianças, levem! Tem oficina de pintura em crayon e de bricolage no final.