Da Voz ao Instrumental
Essa semana é daquelas “Salvador: capital do mundo”: vários eventos simultâneos, todos convergindo para a música. De um lado, o Festival de Música Instrumental chega ao seu 16º ano de vida e vitalidade. Abre com a prata da casa: Orkestra Rumpilezz, talvez a melhor big band de jazz do mundo hoje; fecha com a prata da casa do vizinho: Spok Frevo Orquestra, que inventou o frevo de palco e é também uma big band de jazz pra qualquer New Orleans ter inveja. No meio do caminho, Jacques Morelenbaum e o Cello Samba Trio, entre oitras cousas. Sempre no Palco Principal do Teatro Castro Alves, de 24 a 27 de setembro, 20h. A ridículos R$10,00 a entrada inteira, R$5,00 a meia.
Paralelo a isso, começam os eventos selecionados no 1º Edital Tô no Pelô, que incluem oficinas, intervenções urbanas, artes plásticas, teatro, e música. Desde Chorinho nas segundas feiras, a Armandinho Macedo e convidados nas quartas – até o Pelô de Vanguarda, que traz por exemplo a punk-bossa do excelente Vandex no próximo sábado, dia 26.
No mesmo dia, ao fim da tarde, o Clube da Malandragem encerra, de graça e aberto ao público, a Semana Iguatemi de Moda – no invejável bairro do Santo Antônio Além do Carmo. Dá pra ir sambar nessa Blasfêmia, asfaltar o Pelô sem se vender pela cor, largar de monogamia, e se jogar a-pé pro Pelô depois. Entre um e outro, não sei vocês, mas eu vou jantar no Jardim das Delícias.
Só não fiquem em casa dizendo que o Pelourinho tá abandonado, que a Cultura tá na UTI, e que Salvador é província…