O ex-carlismo nefelibata – III
Da Agência de Comunicação do Estado da Bahia:
Gestão baiana é destaque no congresso Brasil Competitivo
A Bahia economizou R$ 362,8 milhões desde 2007 com medidas de combate ao desperdício e de qualificação dos gastos do governo. Com números e detalhes dos novos procedimentos adotados em sua gestão, o governador Jaques Wagner participa, nesta terça-feira (28), em Brasília (DF), do 7º Congresso Internacional Brasil Competitivo com o tema “Gestão Pública”. O governador baiano apresenta, a partir das 14h, a experiência do governo do estado no painel “Iniciativas para melhoria da gestão pública – casos de sucesso”.
Pese-se que fazer economia na contratação de serviços-meio pelo estado, depois do carlismo, é mais fácil do que fazer doce-de-puta (que é o doce de banana cá do Recôncavo: joga banana e açúcar na panela, põe no fogo, e vai pra janela ver a vida alheia). As relações público-privadas antes eram tão escabrosas, que qualquer melhoria pareceria grande.
Por outro lado, o que se diz do Governo Paulo Souto é que iniciou esta melhora. Iniciou de fato, timidamente, e talvez tolhida não por si, mas pelo lastro ideológico que o sustentava – ainda que ele se opusesse a tal lastro e tenha feito o favor de começar a desconstruí-lo. Fato pelo qual creio que somos todos imensamente gratos.
A coisa é que depois da Veja e do Estadão, é o alto empresariado brasileiro, obviamente à direita, que elogia o governo atual.
Temo pelo PFL bahiano, que se encontra numa posição peculiar: tem um candidato forte, com baixa rejeição, moderno e sem revanchismos: Paulo Souto; mas o próprio PFL tem um discurso caduco, que nega a realidade, e que por isso entra em conflito com o de Paulo Souto e dificilmente o sustentará – não pelas vias que o reconduziriam ao poder. Tudo de que Paulo Souto precisaria pra se eleger é se livrar dos Heraldos Rocha e dos Grampinhos (vulgo ACM, O Neto) da vida – é tudo que ele não vai ter. E daí que sua suposta migração para o PSDB poderia fazer sentido.