O ex-carlismo nefelibata – I
O Estadão, aquele jornal que tão de direita suicidou Vargas e chama o Golpe de Revolução até hoje, deu reportagem de pagina inteira mostrando como as ações diplomáticas do atual Governador da Bahia impulsionaram o turismo do estado como um foguete, tirando da centralidade geográfica (Salvador) e da sazonalidade (Verão).
Os números do jornalão quatrocentão apontam por exemplo um incremento de 333% (sim, leitor, trezentos-e-trinta-e-três-porcento. Não é erro de digitação nem você está vesgo) no número de turistas americanos, mormente negros. Fruto principalmente da relação que Jaques Wagner logo estabeleceu com Condolizza Rice – criticada pela esquerda sulestina, e olhada com inveja pela pernambucana, como sendo supostamente subserviente e a-ideológica.
Como se vê, não foi uma coisa nem outra.
Aí ligo ontem a televisão no Canal 16 – Assembléia Legislativa da Bahia (ALBA), e o que se vê? Deputado Heraldo Rocha (PFL) dizendo que o governo é um desastre – “especialmente a área de turismo está um vexame”.
É de fato um vexame – para o PFL auto-proclamado eficiente – Salvador ter 70% de ocupação hoteleira em pleno inverno – quando antes não dava nem 40%.
Este é mais um exemplo de como a direita brasileira não colabora com a nação, não sabe fazer oposição (coisa que a esquerda também não sabia, mas teve de aprender na marra), e com isso se auto-sabota. Fazer críticas ao governo é fundamental. Porém, críticas fora da realidade levaram Lula a perder 3 eleições seguidas – e a direitaça a última. Não foi outro motivo aliás que impediu Walter Pinheiro (PT) de vencer João Henrique (PMDB) à prefeitura de Salvador: suas críticas eram uma sequência de negações de melhorias na cidade que, apesar de pífias, eram evidentes – não reconhecendo nenhum avanço da prefeitura em que aliás fez parte.
E é especialmente ridículo quando o jornal do PFL (o Estadão) contradiz o próprio PFL monárquico bahiano (e paulistanófilo).
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