para Ticiana Sales Leon

A supracitada leitora, e amiga de longa data, aponta para o fato de que não é no PMDB de Geddel, hoje já patético e perdido como cego em western-spagetti, que se deve mirar. Que embora o carlismo já esteja morto, existe uma direita neoliberal forte que pode voltar – e que não é os Vieira Lima. E não obstante eu ache que um embate entre o pragmatismo neoliberal socialmente responsável de Paulo Souto e o socialismo algo miterrandiano de Wagner seria ótimo para a democracia bahiana – que ainda engatinha.

A questão é que doravante trataremos aqui (e sugiro que se faça o mesmo) o PMDB como se deve: com nenhuma atenção maior. Victor Hugo Soares, no Bahia em Pauta, tem feito isso através da ironia; o Governador, através do trabalho e do silêncio enxadrístrico. Até porque é bem capaz de que essa sequência de opera-bufa (João Henrique deve ser o mais novo personagem de Renato Fechine) em que se transformou o geddelismo tenha como única finalidade (in)voluntária servir de cortina de fumaça.