Até Cubanos (ou ao contrário)
O Baile Esquema Novo faz dois anos – a comemoração do pós-axé, que tem quase quatro. E para o cartaz, pela primeira vez aparecem os dois DJs idealizadores: Camilo Fróes e Luciano Matos.
Não por acaso, com ares cubanos, na óbvia mas não menos bela vista da Barra a partir do Cristo de Ondina. Como cubanos porque sabemos que a Bahia foi, durante o axezismo, uma espécie de “Cuba de Fulgêncio Baptista”, pra paulista ver. Sampa fazia, então, as vezes de Miami: era o sonho dourado do exílio dos que não suportavam Salvador, e de onde vinham aqueles que usavam a cidade como um puteiro sazonal.
É assim que o Esquema Novo comemora sua curta longevidade, seu sucesso sem aparecer nunca jamais na mídia e ainda assim triplicar de tamanho em tão pouco tempo, e ser disputado por gente da fina flor da atual Salvador (e de fora) pra discotecarem lá. Com Luciano com ares de Guevara, pesquisador e reflexivo; e Camilo uma espécie de Fidel, jóvem e bêbado, xibieteiro e guatanamero.
E como têm dito no press-release desse mês: o Baile não é gay (como os heteros de gueto pensam), nem hetero (como pensam os viados de gueto). O Esquema Novo é livre. Livre como uma Cuba-Libre. Você vai perder de curtir essa liberdade mensal?