A fogueira que Wagner (não) pulou
O governador cometeu de uma só vez dupla irresponsabilidade e uma gafe, no feriado de São João – coisa incomum para ele e indigna de sua já lendária civilidade, diplomacia e assertividade. Ausentou-se do Estado, quando seu governo promovia a maior e mais descentralizada festa popular do mundo, e foi pra Argentina, sob risco de voltar suinamente (como Geddel) gripado.
Por mais que se diga que ele participou de quase tudo no mês inteiro de festejos juninos oficiais, e seus secretários também, a Noite de São João é cuminante – e dela ele não deveria se ausentar mesmo que não estivesse promovendo nada. E o fato de seu governo ser fortemente atuante na área não o redime da gafe – torna-a maior.
Não teve maior custo político. Mas, se voltasse de Buenos Aires dando um espirro alérgico que fosse teria de governar de uma sala isolada do Hospital (art-decor e já tombado) Octávio Mangabeira – e não da cidade heróica de Cachoeira, como ele fez acontecer desde 2007, em comemoração a Guerra de Independência do Brasil (de 25 de junho de 1822 a 2 de julho de 1823). E esta, sim, seria uma gafe irreparável – e com um custo político que eu não desejaria nem a um zé-sarney da vida.
Fica aí o cascudo, Galego. E olha que esse proustiano decadente e xibieteiro que cá batuca lhe apóia…
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