Ainda sobre o Circuito Campo Grande, de mão única
Uma outra vantagem de que a dispersão do Circuito Osmar se dê na Praça Castro Alves tem a ver com o Pelourinho. O Circuito Batatina (no Pelô) nunca passou, para mim, de uma curiosidade turística, artificalmente implantada de um modo a imitar mitologicamente (no sentido barthesiano de “mito burguês”) o que seria uma mistura do carnaval de rua do Rio de Janeiro (centro e subúrbio) com Olinda (em Pernambuco). Ao fim, é um circuito a que só vou para ver o arrear do padê de Exú dos Filhos de Gandhy – ao que iria mesmo sem circuito.
Com o término do antigamente chamado Circuito Avenida se dando na Praça Castro Alves, o Pelô se torna naturalmente uma entrada/saída deste circuito. De modo que mauricinhos de abadá, e gente pirada da pipoca, vão acabar por transitar, ocupar e usar o Circuito Pelourinho, e além: Carmo, Santo Antônio, Barbalho, se duvidar até a Liberdade (alí perto, e sede do Ilê Ayê). De modo que o Batatinha vai ganhar outra vida, e mais: fará mais sentido para os turististas se hospedarem no Centro Antigo – até mesmo na Cidade Baixa ou Nazaré. Passo também importante (mais um!) para o Pelô deixar de ser shopping, e voltar a ser bairro.