Quarta-feira próxima, amanhã, dia 10 de junho, Salvador vai experienciar a maior abertura que o São João da Bahia já teve. Maior mesmo que o ano passado, quando pela primeira vez o Pelourinho teve uma programação digna que incluía Cordel do Fogo Encantado, Naurêa e outras pérolas do pós-Mangue.

O clima já é de pré-festa há duas semanas, na capital e no interior: ensaios de samba junino (que só tem na Bahia, e que desde ano passado tem recebido fomento direto da Secretaria de Cultura do Estado – mas, segundo Mario Kertzs, Aninha Franco e o Egun de ACM, Márcio Meirelles não presta, não faz nada, blablabla), forrós excelentes gratuitos e pagos de Itapoã até a Ribeira, etc.

Eu mesmo sai de segunda a domingo, semana passada.

Mas, vamos ao que interessa. A abertura oficial, no Terreiro de Jesus, Pelourinho (que “está abandonado” – sic) vai ser mega! Abre a noite Orquestra Sanfônica de Aracajú; na sequência, a melhor sifônica jóvem da América Latina, a Neojibá/Dois de Julho, regida por Ricardo Castro em pessoa; depois, o deslumbrante Coral Vozes Reveladas; no auge, Elba Ramalho. Acabou? Não! Até 3h da manhã, Targino Gondim (aquele da trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles) forrofia no xiado da xinela, pro povo ralar bucho, bater coxa e fungar no cangote – é proibido cochilar!

Começa às 20h. Recomendo chegar até um pouco antes. É um carnaval, com frio, e sem axé-music.

E vai ser nesse quilo, daí em diante, até dia 30 de junho. Sempre no Pelô.

Quanto custa? NADA – é de graça…

Eu tenho inveja de mim mesmo por ser bahiano, às vezes.