A democracia-sem-fim de Jaques Wagner – ou: por que ele não é Lula?
Do Diário Oficial do Estado, de hoje:
Bahia cria GT que vai localizar e abrir os arquivos da ditadura
Um Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Governo do Estado vai localizar e tornar acessíveis todos os acervos sobre o período da repressão política, entre os anos de 1964 e 1985. O decreto de criação do grupo, assinado pelo governador Jaques Wagner, está na edição de hoje do Diário Oficial.
A primeira tarefa do grupo, coordenado pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, será a identificação e integração de documentos e imagens de interesse para a elaboração do projeto estadual Memórias Reveladas das Lutas Políticas na Bahia.
O GT será composto ainda por representantes da Polícia Militar, da Polícia Civil e um da Fundação Pedro Calmon, ligada à Secretaria da Cultura e responsável pela gestão do Arquivo Público Estadual. Esses poderão sugerir a inclusão de representantes de outros órgãos governamentais e de entidades não-governamentais para participar das reuniões, mas sem direito a voto.
O decreto prevê ainda a mobilização da sociedade para reunir acervos particulares sob a guarda de entidades privadas e pessoas físicas aos documentos públicos até aqui inacessíveis.
Rede nacional – Ao lado desse trabalho, o grupo deverá preparar a integração do Estado da Bahia à rede nacional de cooperação para divulgação e disponibilização de dados, imagens e informações de interesse sobre o período de repressão política. O decreto estipula prazo de 180 dias para que o trabalho esteja concluído.
Ex-militante do movimento estudantil, no início da década de 1970, o governador Jaques Wagner justifica a medida como o cumprimento de um dever democrático de todo governante de um Estado moderno. “Sempre disse que a sociedade baiana e brasileira tem o direito de conhecer sua história, e é isso que estamos fazendo”, resumiu.